Para Ana Fernandes

Trago comigo esses arrebóis

Vívidos e lindos por de sóis,

Também raros e belos alvorecer,

Não desses que se costuma ver.

As luzes com suas nuanças,

Como duas traquinas crianças.

Na lembrança, as vivas cores,

A brincar, prometeram-me amores;

Foram-se tempos... pensamentos,

Os vejo a todo o momento,

As vezes não estão tão fulgurantes,

Como antes... por uns instantes,

Logo vem todo seu esplendor,

A luz que me dar calor, amor,

Que me anima, me põe pra cima.

Se pudesse um desejo fazer,

Pediria ao Pai, grandioso Ser,

Para não deixá-los assim, tristonhos,

Para embalá-los como em sonhos,

Que eles eternamente ficassem felizes,

Que brilhassem todos seus matizes,

Gravando seus olhos em minha retina,

Para sempre, destino, minha sina.

Macapá, 26 de abril de 2010

José Fernandes.