MÁGOA DE POETA
MÁGOA DE POETA
Na certa, o penar do poeta,
É dor maior, em dobro,
Sofre suas magoas,
Chora suas penas às dezenas,
Seus dissabores reproduzidos
Insculpidos a cinzel,
No inanimado papel,
Nobre poeta que retrata,
Suas queixas, desilusão,
Versos com sangue coração,
Que a todos encanta,
Não se acalanta, atormenta,
Fermenta, pois cada palavra,
É uma procela a mais,
A multiplicar seus ais.
Macapá, 26 de abril de 2010
José Fernandes